Parte 2 – A Efetivação

As Tragédias Humanas

Incêndios e Explosões

O que fazemos a outras pessoas fazemos na realidade a nós mesmos. A Lei da Reciprocidade faz retornar sempre ao gerador aquilo que ele próprio fez, desejou ou pensou em relação ao seu próximo.

Se alguém causa um dano físico a uma pessoa através de uma agressão, ferindo-a ou mesmo matando-a, praticou um ato de violência terrenamente visível. Esse ato de violência fica aderido a ela como uma culpa a ser expiada, até que pela ação de retorno ela seja automaticamente atingida por um ato de violência semelhante, também terrenamente visível. Não é necessário que esse ato se apresente exatamente na mesma forma da ação de outrora, mas terá de ser necessariamente violento, já que foi com essa característica que a pessoa agiu outrora.

Se considerarmos que a história conhecida da humanidade não passa de uma sucessão de guerras, revoluções e crimes de toda ordem, onde pessoas e também animais foram atingidos com violência, não nos causará surpresa o acúmulo constante de toda a sorte de acidentes agora, onde pessoas são feridas ou mortas com violência, como efeitos da aceleração dos acontecimentos no Juízo.

Incêndios, explosões, acidentes industriais, rodoviários, aéreos, etc. são conformações terrenamente visíveis que atingem de modo violento pessoas que têm o carma para isso. É impossível, na época de hoje, alguém sofrer qualquer dano sem ter uma responsabilidade pessoal nisso.

Naturalmente, se uma pessoa atravessa uma avenida movimentada sem olhar para os lados, ela pode muito facilmente morrer atropelada, sem que necessariamente tivesse um carma para isso. Mas então ela foi negligente, e sofreu as consequências disso; portanto, permanece a sua responsabilidade pessoal e integral pelo acontecido. É a mesma situação de uma dona de casa que displicentemente esquece o ferro ligado em cima da tábua de passar ou de um motorista que se recusa a usar o cinto de segurança. Com esses atos negligentes as pessoas abrem brechas em sua segurança, por conta própria, que podem trazer a elas prejuízos materiais ou físicos. Todavia, a culpa pelo que as atingiu é, também nesses casos, somente delas.

Mas as grandes tragédias humanas que se sucedem em nossa época são efeitos retroativos de carmas pessoais e coletivos, que agora chegam à efetivação em escala jamais vista, pela pressão aumentada do Juízo Final.

São tragédias de grandes proporções, cujo número aumenta continuamente, e que frequentemente são acompanhadas de qualificativos como: “o maior acidente ferroviário dos últimos 20 anos”, ou “o maior incêndio florestal da história do país”, ou “a mais violenta explosão registrada até hoje”, e assim por diante. Cada ser humano é atingido na medida exata de sua contribuição para o desencadeamento dessas tragédias, independentemente de sua posição social ou do conceito que ele mesmo ou outrem possam ter dele. O fogo que destruiu uma favela inteira no Estado de São Paulo há cerca de dez anos tinha o mesmo poder de destruição daquele que arrasou Malibu há algum tempo atrás. (1)

Em todo o século XIX foram registrados 12 grandes incêndios, que acarretaram 5.310 mortes. No século XX, de janeiro de 1900 a abril de 1996, já haviam sido registrados 118 grandes incêndios, com 11.802 mortes, das quais 2.070 ocorreram nos últimos dois anos. Nos primeiros 40 anos do nosso século (1900 a 1939) houve 17 grandes incêndios; nos 40 anos seguintes (1940 a 1979) houve 69 grandes incêndios.

Vamos acompanhar, em largos traços, alguns aspectos mais significativos em relação aos últimos grandes incêndios ocorridos no mundo:

Muitíssimos outros incêndios além dos mencionados acima, ocorridos nesse período em várias partes do mundo, sequer foram noticiados, ou apenas em seus países de origem, apesar de sua gravidade. No Brasil, por exemplo, na semana de 11 a 17 de agosto de 1995, os satélites Noa registraram um total de 43.723 pontos de fogo em todo o território nacional, um aumento de 150% em relação à semana anterior, que já havia sido considerado alto. Ainda em agosto, uma imagem do satélite Goes-8 mostrava uma nuvem de 7 milhões de quilômetros quadrados cobrindo toda a região amazônica, em decorrência dos incêndios na região. Em 3 de setembro daquele ano o INPE registrava precisos 60.988 focos de incêndio na área.

Da mesma forma que os incêndios, as explosões se caracterizam pela violência e, como aqueles, também têm aumentado ao longo do tempo, tanto em quantidade como em intensidade.

Entre 1910 e 1996 foram registradas 85 grandes explosões em todo o mundo, das mais variadas causas, as quais deixaram um saldo aproximado de 15.900 mortes. Nos primeiros 50 anos do século XX (1900 a 1949) ocorreram 21 grandes explosões. Nos 40 anos seguintes (1950 a 1989) foram registradas 51 grandes explosões.

A seguir, as principais explosões registradas ultimamente e as suas consequências:

Grandes incêndios e explosões continuarão atingindo várias localidades em todo o planeta nos próximos anos, num ritmo sempre crescente. Trazem de volta aos seres humanos atingidos o retorno de suas ações violentas, ao mesmo tempo que agem como elementos purificadores na última fase do Juízo Final.

  1. Malibu é uma localidade de veraneio nos Estados Unidos repleta de mansões. Voltar
  2. Em 1994 já haviam ocorrido duas grandes explosões de gás, com várias vítimas, em Seul, capital do país. Voltar
  3. Desde 1988 já se registraram nove grandes explosões em depósitos de armas e munições no mundo. No pior deles, numa fábrica secreta de mísseis no Iraque, morreram cerca de 700 pessoas. Voltar