5. Atlântida

Para além daquelas que hoje se chamam colunas de Hércules, acha-se um grande continente dito Posseidonis ou Atlantis.

Assim, Platão, o sábio ateniense que viveu a mais ou menos 400 anos A.C. mencionou o continente perdido que não mais figura nos mapas.

Para falarmos de Atlântida devemos recorrer a Roselis Von Sass, pois somente ela apresenta as imagens da vida e da tragédia da Terra que outrora submergiu nas águas do mar, recriando as pessoas que lá viveram com o seu elevado desenvolvimento, como intuito de auxiliar os seres humanos nesta época de grandes sofrimentos.

“Aqui na Terra estamos envoltos por um grande mundo invisível, no qual atuam forças e espíritos que nos guiam, tanto no bom como no mau sentido. Cada um de nós está ligado a esse mundo, por sentimentos intuitivos e pensamentos.”

Segundo o livro Atlântida – Princípio e Fim da Grande Tragédia :

“A posição exata do reino submerso é hoje difícil de se determinar, pois passaram-se mais de dez mil anos desde então. Não se deve esquecer que também o fundo do mar se encontra em constante movimento, e que desde aquela época maremotos e terremotos causaram deslocamentos e muitas modificações. O eixo da Terra também está sujeito a oscilações e a crosta terrestre levanta-se e abaixa-se no Equador sob a poderosa influência da Lua.”

“Poder-se-ia dizer, aproximadamente, que a Atlântida se situava entre a Irlanda e as Bermudas e que as Hébridas constituem picos de montanhas do reino submerso, picos esses que se elevaram com o passar do tempo.”

O cientista e pesquisador Jacques Cousteau encontrou fragmentos de um continente perdido nas profundezas próximas a ilha grega de Creta.

Os atlantes sabiam desde longa data de profecia sobre as transformações que ocorreriam na crosta terrestre em decorrência de uma catástrofe natural, e que, quando chegasse a hora, eles seriam avisados e guiados para abandonarem o continente em busca de uma nova pátria.

Mas os atlantes também se deixaram envolver pela mania de grandeza que se alojou no íntimo do ser humano desde que passou, na escala evolutiva, a fazer uso crescente de suas capacitações intelectivas, sufocando a sua centelha espiritual, o núcleo realmente vivo, impedindo-o de atuar na matéria orientando e conduzindo.

O intelecto se foi acorrentando progressivamente à matéria, o que levou o ser humano a se tornar materialista em oposição a espiritualização de sua atividade, que assim produziria uma construção sadia e duradoura.

Na Atlântida, os homens adquiriram a mania de grandeza, julgando-se seres superiores mesmo em relação às mulheres e demais criaturas, e por isso recusavam-se a atender a antiga profecia, julgando-se capazes de dar continuidade a sua forma de viver apesar das advertências.

Na fase final, os homens se sentiam poderosos porque através do semêm fecundavam as mulheres. Estas por sua vez passaram a detestar os homens, e não raro eliminavam a vida dos recém-nascidos do sexo masculino, e em seu olhar não haviam mais confiança e alegria, apenas ódio, desconfiança e insatisfação.

As condições de vida no continente se alteravam profundamente, afetando o clima, o surgimento de pragas, a redução da água, a migração de aves e outros animais. Tudo indicava que chegava a hora. Mas a classe dominante cuidou de acomodar a inquietação da população.

A atual situação do planeta não difere muito. Basta lembrar a redução da camada protetora do ozônio na atmosfera terrestre cujo buraco na Antártida já alcança uma área equivalente a quase quatro vezes a superfície do Brasil.

Merlin, o mentor espiritual, conseguiu sensibilizar uma minoria que atendendo sua advertência escapou da grande tragédia descrita no livro de Roselis Von Sass.

Parte desse reduzido grupo foi estabelecer morada numa belíssima região, situada entre dois grandes rios, dando origem ao último povo realmente sábio, os Sumérios, que viveram em harmonia com as Leis da Criação que expressam a Vontade de Deus. Neles não havia a mania de grandeza pois o espírito os conduzia, por isso foram sábios e poderosos e suas obras perduram até aos dias de hoje.

Na atuação conjunta de todas as forças elementares, há mais de dez mil anos desapareceu um mundo nas águas do mar.

Então aconteceu o fenômeno abalador do mundo. Um asteróide, ou era uma pequena lua, lançou-se sobre a Terra impetuosamente chocando-se com a Atlântida, provocando indescritível catástrofe, elevando as águas do oceano, fazendo tremer e balançar soterrando até o último pedaço desse país, outrora maravilhoso reino verde e florido de beleza fulgurante. A Atlântida não mais existia. Desaparecera da Face da Terra em um dia e uma noite de horror.

Seu povo obstinado e arrogante não quis saber das advertências para se retirar enquanto era possível, em meio às profundas alterações ambientais que precederam a queda do asteróide que fez o continente submergir completamente com tudo que havia sobre ele.

Os profundos ensinamentos contidos no livro citado mantém estreita relação com a conturbada situação atual do Planeta, dominado pelo imediatismo materialista sem qualquer preocupação com o futuro.

“Atlântida” narra a história da tragédia humana de seu povo no continente perdido. Qualquer semelhança com a época atual não será mera coincidência. É a história do falhar humano que se repete mais uma vez.